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ALÉM DA FRONTEIRA (Out in the Dark)


por Beto Besant

Nimer (Nicholas Jacob) é um jovem palestino que estuda numa faculdade de Tel Aviv. Acaba conhecendo e se apaixonando pelo advogado israelense Roy (Michael Aloni). O romance sofre os problemas de serem de nacionalidades rivais. Além disso, um amigo dos jovens é executado por sua homossexualidade e Nimer tem seu romance descoberto pela família - isso numa cultura onde homossexuais não tem nem o direito à vida.
Os personagens são colocados numa situação limite e forçados a tomarem medidas extremas.


Filme de estreia do israelense Michael Mayer, começa como uma espécie de versão gay de Romeu e Julieta, mas, ao contrário de mais uma versão melodramática sobre o tema - como tantas feitas até hoje, este desenvolve-se de forma primorosa, mostrando-se um filme forte e maduro.

Não é preciso muito esforço para entender por que este filme arrebatou prêmios por diversos festivais onde passou, como: Toronto, São Francisco, Miami, Filadélfia, Nashville, Rochester, Guadalajara, Torino e Haifa. Além da Fronteira mescla de forma magistral: romance, suspense, ação e policial.

O romance, que tem como pano de fundo a rivalidade entre palestinos e israelenses, expõe a violência de uma cultura árabe, onde homossexuais não são aceito nem em sua própria casa e muitas vezes são executados. Ainda no âmbito da sexualidade, o personagem judeu tem sua orientação aceita por sua família, apesar de que esta não suporta ter que conviver com seu namorado. Isto mostra outra virtude do filme, a de não ser maniqueísta, caso a família judaica aceitasse a sexualidade do rapaz.

Os problemas políticos de se viver na fronteira são muito bem apresentados pelo roteiro, onde palestinos tem dificuldade para ir à Israel e porque seus habitantes temem que informações sejam levadas ao país rival.

O ritmo do filme é preciso, segurando o público durante seus 96 minutos, não deixando um minuto sequer sem necessidade (a chamada barriga).
Além disso, roteiro e montagem não cometem o erro de duvidarem da inteligência do espectador, não dando informação mais do que o necessário.

É um dos melhores filmes dos últimos tempos e vai agradar não apenas o público gay, mas a qualquer pessoa que queira ver uma boa trama.


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