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PHOENIX


Por Beto Besant
Segundo o dito popular, sexo quando ruim é bom, e quando bom é ótimo. Um dos assuntos mais recorrentes no cinema é o Holocausto Judeu na Segunda Guerra Mundial, e parafraseando o dito popular, quando o filme é ruim, ainda é bom, e quando bom, é ótimo.
O tema foi tão explorado que temos a sensação de que não há mais como ser original, mas frequentemente somos surpreendidos com uma nova e bela história.
Aqui, trata-se da cantora judia Nelly Lenz (Nina Hoss). Durante a Segunda Guerra Mundial ela é presa, mas consegue sobreviver ao campo de concentração com o rosto desfigurado. Passa por uma cirurgia plástica, que lhe deixa com seu rosto modificado. Sua amiga Lene (Nina Kunzendorf) lhe ajuda na recuperação e aconselha a irem morar na Palestina (onde seria criado o estado de Israel), mas a cantora só pensa em reencontrar seu marido Johnny (Ronald Zehrfeld).
Numa trama a la Alfred Hitchcock, seu marido não a reconhece e propõe um plano para que “imite” sua mulher – que pensa ter morrido na guerra – e assim herdarem sua fortuna. Mesmo sabendo que seu marido não é uma pessoa a quem deva confiar, seu jeito charmoso e sedutor faz com que ela entre neste “jogo de gato e rato”.
O diretor Christian Petzold (que assina o roteiro com Harun Farocki) conduz o filme com elegância, sem se deixar cair na armadilha do melodrama. Consegue belas atuações – principalmente do trio central – e uma cena final magistral.
A montagem torna o ritmo um pouco lento, o que ajuda a transmitir a insegurança e medo de seguir à diante da protagonista. O filme ainda conta com bela direção de arte reconstituindo a passagem da década de 40 para 50. O diretor de fotografia Hans Fromm também faz um excelente trabalho.
Apesar de premiado pela crítica no Festival de San Sebastian, pelo júri no Festival do Estoril, Festival de Seattle (Melhor Atriz), Festival do Filme Alemão (Atriz Coadjuvante) e Menção Honrosa no Festival de Cinema de Hong Kong, não é o tipo de filme para entrar para nenhuma lista de melhores filmes nem filmes de cabeceira, mas vale à pena ser visto. Principalmente pela emocionante cena final.
 
 

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Entrevista: MEU PASSADO ME CONDENA 2

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