por Beto Besant
Claire Conti (Marie Gillain) é uma jovem juíza do tribunal de Lyon muito preocupada com as injustiças sociais. Toma conhecimento do caso de Céline (Amandine Dewasmes) e decide ajudá-la. Céline é mãe de duas crianças e passa por sérios problemas financeiros, em decorrência da propaganda enganosa e dos juros abusivos do sistema financeiro. Pede ajuda para Stéphane (Vincent Lindon), um amigo juíz mais experiente.
Paralelamente, Claire descobre que possi um tipo de câncer incurável e decide não fazer o tratamento. Porém não informa sua família sobre sua doença e decisão.
Com uma premissa pouco atraente, pois todos já estamos cansados de ver melodramas similares, o diretor Phillippe Lioret (que já havia abordado a injustiça social em seu primeiro filme Bem Vindo) realiza mais um grande filme, que passa longe de melodramas exagerados. Tem a delicadeza que um tema desses exige.
O elenco também está excelente, além de Gillain encontrar o ponto exato de interpretação de um personagem que corre um sério risco de cair no melodrama, Lindon é o grande destaque do filme.
Com toda a sua experiência, consegue transmitir com perfeição, a confusão de sentimentos entre seu personagem e o de Gillain. Um misto de amizade e paixão.
Tudo o que Desejamos é mais uma grata produção francesa, que outra vez dá uma aula de cinema aos americanos, mostrando que é possível tratar e temas delicados sem ser melodramático nem piegas.
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