por Diego Castro
Um verdadeiro filme Disney. Mas vamos do início. Baseado em um livro - que por sua vez é baseado em fatos reais - contando uma história de resgate feita pelo navio da Guarda Costeira, que tenta salvar um petroleiro divido pela metade, com poucas horas para o retirar os marujos antes do naufrágio.
Dentro dessa tempestade de acontecimentos (trocadilho não intencional), temos vários núcleos espalhados nessa epopeia, o principal sendo liderado por Bernie Webber (Chris Pine), o piloto que precisa fazer esse resgate impossível. O segundo pertencendo à tripulação do petroleiro, que tenta encontrar uma solução desesperada para não afundar, guiados por Raymond Sibert (Casey Affleck).
O enredo é de fato incrível, sem dúvida daria um ótimo filme ao estilo Titanic (1997). O longa tenta fazer algo parecido com o filme de James Cameron, falhando em muitos aspectos importantes, perdendo o foco e não conseguindo evoluir em nenhuma das tramas abordadas.
Diferente do casal protagonista de Titanic, Chris e Holliday não funcionam como casal, não possuem carisma. A química entre os dois parece forçada, o diretor não consegue expelir o necessário para alcançar o drama do resgate. É perceptível o desconforto do diretor Craig Gillespie durante as desnecessárias cenas em terra, extremamente expositivas, que acabam com o ritmo.
O filme ganha fôlego com o elenco do petroleiro, percebe-se que nessas cenas, o diretor está confortável, o perigo é real, é quase outro filme. Casey consegue puxar o elenco do navio, numa performance sólida. Os efeitos das ondas são incríveis e o navio afundando no escuro do mar é realmente assustador. Basicamente, era o que o filme deveria ser e não foi. Quando os núcleos se misturam é um desastre, nada funciona, parece que está tudo fora de lugar.
Era para ser um filme tão épico quanto Titanic, mas alguns momentos não funcionam como deveriam e o desconforto do diretor é perceptível. Apesar da ação entreter e os marujos do navio entregarem uma boa atuação, o ritmo é prejudicado, além do excesso de clichês. Acho que não foi desta vez que a Disney conseguiu sua epopeia, quem sabe na próxima.
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