por Diego Castro
Finalmente, o mercenário tagarela ganha as telas do cinema. Depois de 11 anos tentando emplacar o projeto, Ryan Reynolds consegue o papel da sua vida.
Após ser diagnosticado com câncer terminal, Wade Wilson recebe a proposta de curar-se, precisando passar por uma experiência secreta. Durante o processo adquire poderes incríveis e cicatrizes horríveis. Perde sua sanidade, desenvolve um senso de humor incomum e transforma-se em Deadpool, na busca por vingança do homem que arruinou sua vida.
O filme passou por inúmeros problemas para sair do papel, passando de estúdio em estúdio até a Fox engavetar o projeto. Depois das críticas negativas do personagem nos testes de filmagem feitos com o próprio Ryan Reynolds em X-Men: Origins Wolverine, do mesmo diretor Tim Miller, o longa não foi para frente. Seus envolvidos cansaram de esperar - indo para diferentes projetos - parecendo que o filme nunca veria a luz do dia.
Até que o esse mesmo teste de filmagem caiu na internet e tomou os fãs por assalto. A aprovação do teste foi maciça, fazendo com que a Fox desse o sinal verde para começarem as filmagens. Os envolvidos não perderam tempo, agora temos o filme que muitos esperavam.
A história é direta, não existe nenhum tipo de inovação na forma como é contada: um básico conto de vingança. Estranho é seu humor - que pondera entre extremamente inteligente e totalmente bobo - chegando a ser vulgar em algumas cenas. Isso é a prova de quanto a adaptação é fiel aos quadrinhos.
Este tipo de humor pode deixar algumas pessoas desconfortáveis com sua comedia politicamente incorreta, contudo essa é a essência do personagem: ser uma paródia dos heróis nos quadrinhos (e agora nos cinemas), constantemente quebrando a quarta parede, conversando diretamente com o público e ganhando a sua audiência com essa empatia direta.
Além das cenas de ação competentes, vale lembrar que o esse é o primeiro longa-metragem do diretor Tim Miller que se segura bem na cadeira de diretor. Deapool tem um roteiro simples e bem amarrado, mostrando que com competência, tendo o coração no lugar certo e sendo fiel, é possível fazer um bom filme de quadrinhos, apostando em um público maduro. Um ótimo pontapé inicial para os quadrinhos no cinema em 2016.
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