por Beto Besant
Aconteceu no último dia 6 de junho, no Shopping JK Iguatemi - em São Paulo, a coletiva de imprensa do filme Amazônia. Coprodução entre Brasil e França, conta a história de um macaco carioca cujo avião cai na selva amazônica, forçando-o a conhecer os perigos e costumes da região, até se apaixonar por uma macaca e formar sua própria família.
Estavam presentes os roteiristas Luiz Bolognesi e Roberto Torero, os produtores Caio e Fabiano Gullane, o coprodutor e distribuidor Jean Thomas Bernardini - proprietário da distribuidora Imovision, e o ator Lúcio Mauro Filho.
Filmado como um documentário pelo documentarista francês Thierry Ragobert, Amazônia foi escrito por Bolognesi de forma a contar o ciclo natural de um macaco. Após o filme ser exibido em diversos festivais surgiu a sábia ideia de colocar vozes nos personagens como se fosse uma animação. Para escrever os diálogos foi convidado Torero, devido ao seu apreço por voz off e sua experiência com roteiros infantis. A acertada decisão fez com que o filme se tornasse mais acessível para toda a família, principalmente as crianças.
Lúcio Mauro Filho |
O ator Lúcio Mauro Filho, acostumado a fazer vozes para animações teve neste filme uma experiência inédita: gravar a voz do macaco sem ter a imagem como guia. "Minha escola de locução foi o filme Kung Fu Panda, que tinha uma equipe internacional de excelentes profissionais, mas esta experiência nova, somada ao fato de eu ter sido o último a entrar na equipe, me fizeram ter medo de estragar o filme" - conta o ator sob risos.
Como o filme não tem atores falando, pois todas as vozes são off, foi possível que o filme fosse negociado com vários países. Dessa forma, cada região adaptou as falas ao seu público. Itália e Alemanha fizeram narrações diferentes da versão brasileira e a França optou por não ter voz off.
Caio Gullane e Jean Thomas Bernardini |
Ainda sobre as dificuldades da produção, Fabiano Gullane explica: "Tivemos que fazer um trabalho com a equipe para se harmonizarem com a natureza e terem calma para esperarem o momento ideal".
O filme é uma belíssima experiência - ainda mais rica em 3D, que mostra que é possível um filme leve, pra toda a família não ser banal e descartável. Bolonesi conta que gostou muito de uma frase que ouviu de especialistas na Amazônia: "O filme abre uma cortina e mostra a Amazônia como ela é".
Roberto Torero e Luiz Bolognesi |
"Para mim, este filme é questão de vida ou morte, devido aos problemas naturais que vivemos" - explica Bolognesi, completando: "Tudo é uma grande desculpa pra gente conhecer a Amazônia". O roteirista diz que a Amazônia é o grande protagonista do filme.
Amazônia é um grande filme, e merece ser visto pela maior quantidade possível de pessoas, pois é um grande investimento numa produção de altíssima qualidade, mas que não costuma atrair muito público.
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