por Beto Besant
Henrique (Gustavo Machado) é um fotógrafo arrogante, que se sente um grande profissional, apesar de realizar trabalhos de gosto duvidoso.
Certo dia, após uma sessão de fotos em uma boate gay, é assaltado e tem seu cartão de memórias da câmera levado.
Os ladrões são atropelados por um carro que foge do local. Ao chegar na delegacia, o fotógrafo depara-se com o inspetor Freire (Caco Ciocler). Com um misto de ironia, sarcasmo e jocosidade, o policial decide passar seu plantão divertindo-se com a vítima e dando-lhe uma lição.
Paralelamente, vamos conhecendo outras histórias, como seu colega homossexual que cai no golpe "boa noite Cinderela" ou seu outro colega que transa com sua mulher.
A dupla Gustavo Machado e Caco Ciocler são os responsáveis pelos melhores momentos do filme, que apesar de não ser nada brilhante, tem boas "sacadas" e suas interpretações dão força aos diálogos. Não foi à toa que Ciocler foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante no Festival do Rio.
A montagem também é bem interessante, pois alterna a cronologia dos fatos dando maior interesse à história. Apesar do filme também ter ganho o prêmio de Melhor Montagem no Festival do Rio, tem uma tremenda falha ao apresentar após os créditos uma cena totalmente dispensável, que estraga toda a boa impressão causada. Ao meu ver, perdendo o merecimento ao prêmio.
Juliana Reis, roteirista e diretora, conduz bem a trama e os excelentes atores, porém demonstra que deveria ter desenvolvido melhor o roteiro (sua especialidade) que não tem força para segurar os 82 minutos de filme. A trama falha ao não desenvolver as histórias paralelas, dando a impressão de estarem deslocadas da trama principal, mesmo sendo com personagens ligados ao protagonista.
Não é nem de longe um dos grandes filmes brasileiros, mas vale à pena ser visto pelas atuações de Ciocler e Machado, além da boa montagem (com exceção ao à cena final.
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