por Beto Besant
Gus Lobel (Clint Eastwood) é um experiente olheiro de um time de beisebol. Além de enfrentar sérios problemas de visão, é considerado ultrapassado pelos novos olheiros, que utilizam da tecnologia para comparar as estatísticas dos jogadores e assim identificar talentos.
Sua filha Mickey (Amy Adams) tira uns dias de férias de seu trabalho como advogada em Nova Iorque e vai visitar seu pai, com quem não tem um bom relacionamento. Por "coincidência", Johnny (Justin Timberlake) que é um ex-jogador, fã de Gus e olheiro de um time rival, vai até a cidade.
Qualquer coisa que se possa acrescentar à sinopse será redundante, pois o filme nada mais é do que uma sequência de clichês. A sensação que temos é que os produtores pensaram: "vamos fazer um romance, porque esse gênero tem público feminino cativo". Aí alguém disse: "mas precisamos de algo que chame a atenção dos homens, vamos colocar o beisebol como pano de fundo".
E para completar a história? Uma chuva de clichês.
Tudo que acontece no filme é certinho demais e previsível demais. Em trinta minutos já temos vontade de deixar a sala de cinema por sabermos o que vai acontecer. E é exatamente isso que acontece.
Eastwood está atuando melhor do que quando era jovem, Timberlake cumpre seu papel e tem sintonia com Adams, que está lindíssima, mas nada sai do óbvio, tudo é mastigado para o público. Temos a sensação de estar assistindo a um filme da Sessão da Tarde pela décima quinta vez.
É uma pena ver um artista do calibre de Eastwood num filme desses, a única justificativa é por ter na direção o estreante Robert Lorenz, seu assistente de direção em diversos filmes.
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