por Beto Besant
Um vilarejo com sua pequena população dividida entre católicos e muçulmanos, vive há décadas em harmonia. Porém a notícia de guerra entre as religiões vindas pela TV começam a incitar a violência entre os moradores.
Todo circundado por minas terrestres, o povoado tem numa ponte sua única ligação com o mundo. Após um acontecimento que poderá levar ao início de uma guerra civil, as mulheres decidem fazer de tudo para evitarem o confronto, como boicotar informações vindas de fora e simular milagres. Depois decidem contratar um grupo de dançarinas ocidentais para desviarem a atenção dos homens do vilarejo. Por fim, utilizam de um subterfúgio "menos ortodoxo" para conseguirem seu objetivo, algo que em nada combina com mulheres religiosas da terceira idade.
Segundo longa-metragem da atriz, roteirista e diretora franco-libanesa Nadine Labaki, que estreou em 2007 com o elogiado Caramelo, é o indicado ao Oscar 2012 pelo Líbano e traz uma história séria porém com vários momentos divertidos, um grande mérito não muito frequente.
O bom roteiro foi surgiu a partir da guerra civil que abalou o Líbano por 15 anos. A diretora tem o cuidado de não citar ou localizar onde a história se passa, pois acredita que poderia acontecer em qualquer lugar que tenha católicos e muçulmanos. O problema é que supõe que os homens sejam totalmente manipuláveis por suas mulheres, tornando-o um pouco fantasioso e dando um tom de fábula.
A direção é competente, pois trabalha com atores não profissionais e sabe inserir momentos de musical sem incomodar aos menos chegados ao gênero. A boa trilha sonora é composta por Khaled Mouzamar, marido da bela diretora, que interpreta Amale.
É uma boa experiência de se assistir, mas não um filme indispensável para os amantes do cinema.
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