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MAMA

por Beto Besant
Lilly (Isabelle Nelisse) e Victória (Megan Charpentier) são duas meninas abandonadas numa cabana, após a morte violenta de seus pais. Cinco anos depois, são encontradas e vão morar com seu tio Luke (Nikolaj Coster-Waldau) e a namorada Annabel (Jessica Chastain), baixista de uma banda de rock.

As meninas desenvolveram um comportamento animal, se rastejando como bichos. Começa então a batalha por civiliza-las, uma tarefa enfrentada de forma corajosa pelo jovem casal.

Com a ajuda do psicólogo (Daniel Kash), o jovem casal enfrenta a nova situação mesmo tendo sempre evitado filhos. Através dele, descobrem que as meninas foram criadas por alguém que chamam de "Mama", que em princípio pensam ser fruto da imaginação delas.




Dirigido por Andres Muschietti, o filme foi baseado em seu curta homônimo, descoberto por Guillermo del Toro (Labirinto do Fauno e Hellboy).
Del Toro produziu o filme, que tem na fotografia seu maior trunfo. Toda sombria e "pesada", tem ainda o apoio de bons efeitos especiais para contar a história, bem desenvolvida pelo diretor junto com Neil Cross, Andy Muschietti e Barbara Muschietti.

O curta-metragem que deu origem à trama, tinha apenas três minutos e tornou-se uma das cenas do longa. Apesar de bem adaptado, o roteiro tem as limitações da grande maioria dos filmes do gênero, que utilizam de clichês na origem do mistério e em seu desenvolvimento.

O filme tem no personagem psiquiatra um bom início mas que acaba tornando-se apenas uma "desculpa" para que Annabel descubra o passado das meninas.
O mesmo ocorre com a tia materna das meninas, que surge numa disputa pela guarda mas que acaba demonstrando ser dispensável. Talvez fosse o caso de unir os dois personagens em um  e dar melhor desenvolvimento a este.
Para quem crê que bons roteiros sempre apresentam mudança das personagens, neste caso Annabel passa de uma roqueira inconsequente para uma mulher corajosa e decidida em manter as meninas consigo, assim como Victória passa de uma menina rebelde, defensora da "personagem" que dá nome ao filme para uma fiel escudeira da namorada de seu tio. O contrário de sua irmã.


A virtude do roteiro é que o final chega a ser diferente do convencional e do que esperamos quando este se aproxima.
Apesar dos problemas, a direção não decepciona, ao escalar bem um elenco que tem no triângulo feminino uma boa "química" e um bom desempenho na atuação, principalmente da pequena Nelisse.
Não é um grande filme mas vai agradar aos fãs do gênero, e aos que não trem no terror seu maior vínculo também não se decepcionarão.

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