por Beto Besant
Laura é uma atriz argentina criada no Brasil que vive em Nova Iorque em busca do estrelato.
Para isso, passa seus dias entrando nas festas baladas frequentadas por atores como Clive Owen, como se assim ela chegasse mais perto de sua grande chance em Hollywood.
Por trás de uma imagem glamourizada, esconde-se uma mulher de terceira idade com sérios problemas financeiros que alimenta desejos e sonhos de uma adolescente.
Dirigido por Fellipe Barbosa, grande amigo de Laura, o filme registra as aventuras e desventuras da atriz, cuja maior participação "artística" foi na plateia de um show do Roberto Carlos.
A rotina de filmagem, que começa como algo muito prazeroso e envaidecedor pra ela, torna-se um tormento e faz com que tenha crises de humor.
O filme começa com promessas de ser interessante, mas a fraca direção faz com que se torne uma espécie de Rodovia Transamazônica - pois leva "do nada para lugar nenhum".
Em determinados momentos, a atriz discute com o diretor - seja porque este quer que ela simule algo, e assim deixe de ser a realidade, seja porque não suporta mais uma câmera ao seu lado todo o tempo. Por se tratar de uma atriz, nunca sabemos se o que ela faz é totalmente espontâneo ou se é algo dramatizado.
Num dos bons momentos, vemos a atriz ao lado de Clive Owen tentando abordá-lo, mas é ignorada como se não estivesse lá.
Talvez com um montador experiente o filme se saísse melhor, explorando mais o contraste da vida que ela possui com a vida que almeja ao invés de ser um filme que não sabe se quer mostrá-la como uma pessoa admirável ou uma desequilibrada.
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