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NOVE CRÔNICAS PARA UM CORAÇÃO AOS BERROS


por Beto Besant

Como diz o título, o filme conta nove histórias do cotidiano de pessoas comuns com problemas existenciais.
Simone (Simone Spoladore) cansou de ser prostituta e procura um homem que a assuma e tire-a da prostituição. Leopoldo (Leonardo Medeiros) tenta criar coragem para abandonar seu trabalho e mudar o rumo de sua vida. Júlio (Júlio Andrade) tem uma vidinha medíocre que se divide em morar com a mãe e ir para um trabalho entediante. Um músico (André Frateschi) faz um anúncio no jornal para formar uma banda.
Estes e outros personagens vivem seus problemas e desilusões sentimentais e de vida.



Construído na intenção de formar um mosaico de personagens e suas vidas, Nove crônicas para um coração aos berros é uma sucessão de erros. O roteiro de Gustavo Galvão e Cristiane Oliveira não consegue dar uma unidade aos personagens e a impressão que temos é que foram feitos vários curtas e unidos aleatoriamente para virarem um longa-metragem.


As situações não tem verossimilhança, conceitos como o que se evita ao máximo o uso de diálogos fazem com que aconteçam situações completamente sem sentido. A direção de Galvão tenta fazer planos sequência que fazem o filme ficar mais lento e entediante ainda.
Além disso, toda a direção de arte ambienta o filme no início dos anos 80, mas no final mostra um Fiat 96.

É realmente difícil de acreditar como atores do gabarito de Simone Spoladore, Leonardo Medeiros e Marat Descartes aceitaram participar de um filme tão imaturo.


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