por Beto Besant
Sete jovens registram por uma semana o cotidiano de suas empregadas domésticas.
Dirigido pelo pernambucano Gabriel Mascaro, o documentário aborda de forma muito transparente a delicada relação patrão X empregado. É possível perceber que por trás da politicamente correta amizade entre patrões e empregados, existem desde casos sinceros de amizade até casos onde a discriminação é latente.
O diretor conseguiu um panorama diversificado de representantes de ambos os lados. Como uma família abastada que possui diversas empregadas, uma doméstica que tem outra empregada cuidando de seu filho deficiente enquanto sai para trabalhar. Uma família que acolheu um homem abandonado pela família que acabou virando um misto de "empregado doméstico" com um amigo da família. Uma mulher que trabalha para uma família judaica onde tem a oportunidade de conhecer seus costumes.
Com uma boa montagem, o filme mostra momentos interessantes da vida das personagens, com momentos dramáticos, onde uma conta sobre a dor de ter um filho assassinado e não ter estado com ele em seus últimos meses de vida por estar no emprego, ou a empregada que realizou o sonho de aprender a dirigir e se emociona com a música de Reginaldo Rossi que toca no carro.
Por alguns momentos sente-se a necessidade de uma trilha-sonora, mesmo tendo músicas que são escutadas pelas trabalhadoras.
Obviamente, um filme feito por jovens estudantes não prima pela técnica, tendo problemas de foco e fotografia por vários momentos, mas não perdendo o essencial do cinema: alma.
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