por Beto Besant
Mila (Juliette Binoche) e Javier (Edgar Ramírez) são um jovem casal na faixa dos quarenta, que vive de forma intensa. Saem, se divertem (sozinhos ou com amigos), brincam, e mais do que tudo: transam muito e intensamente. Essa vida apaixonada de adolescentes é completada na profissão: ambos são cardiologostas e trabalham no mesmo hospital. Como já era de se esperar, nada é perfeito. Ele é alcoólatra e ela não admite uma criança para atrapalhar o estado de eternos apaixonados que vivem. Tudo começa a mudar quando ela engravida inesperadamente e ele passa a sentir ciúmes da criança.
A diretora Marion Laine conduz o melodrama sem grandes novidades, porém a qualidade dos protagonistas já torna o filme interessante, apesar de ter sido um fiasco na França.
A estrela francesa foi convidada para o papel graças ao pedido de Ramírez, que sonhava fazer um filme com Binoche. O casal mostra boa sintonia, com destaque para Ramírez cantando Besame Mucho.
Como era de se imaginar, vivem um casal formado por um sulamericano e uma francesa. A decadência do relacionamento, que vai do céu ao inferno, é mostrada sem rodeios, como o título do filme.
De Coração Aberto tem bela fotografia de Antoine Héberlé (que esteve no Brasil para fotografar o filme Última Parada 174 - de Bruno Barreto) e conta a história sem muitas sutilezas. Muitos até podem compará-lo jocosamente a uma novela, mas se for visto sem preconceitos, traz bons momentos. Destaque para o final poético do filme.
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