por Beto Besant
O filme é dirigido pelo norteamericano Pablo Croce e apresenta de forma interessante, momentos da vida do atleta, basicamente, como foi seu treinamento para lutar com seu arqui-inimigo Chael Sonnen, na defesa de seu título mundial pelo UFC.
De início, vemos uma luta em Abuh-Dabi onde o brasileiro vence Damian Maia provocando-o por diversas vezes, chamando-o para o confronto, mas evitando a troca direta de golpes. Preferindo circular pelo adversário.
Logo após a luta polêmica, vemos Dana White (criador do UFC) enfurecido com a postura do atleta brasileiro. Anderson demonstra não se importar com isso, por ter vencido a luta e dizer que isso é o que conta.
O filme mostra Anderson com sua família, sua mulher contando que se conheceram quando ele tinha 17 anos e ela 13. Quatro anos depois ela engravidou e ele a pediu em casamento. Sua tentativa de ser jogador de futebol do Corinthians. Suas promessas de dar uma boa vida (bons carros, viagens, etc), mesmo quando ainda eram pobres.
Depois acompanhamos o dia a dia de treinos do brasileiro (o filme é editado todo em ordem cronológica). Durante os três meses de treino intensivo nos Estados Unidos, acompanhamos o desgaste do atleta com relação à imprensa, que faz sempre as mesmas perguntas, e sua ansiedade em lutar logo para poder voltar para casa e ficar com sua família. Além do cansaço em relação às provocações e ofensas pessoas de seu adversário.
Acompanhamos sua equipe de especialistas em lutas que são mais utilizadas no UFC, como Jiu-Jitsu e Muay Thai. Além disso, depoimentos de José Aldo, Júnior “Cigano” dos Santos, Lyoto Machida, dos irmãos Rodrigo "Minotauro" e Rogério "Minotouro", entre outros.
Na véspera da luta, é curiosa a atitude do brasileiro perante Sonnen. Enquanto o americano provoca de forma agressiva, o brasileiro provoca com ironia. Inclusive, na hora da foto para a imprensa, onde Sonnen está de frente e Anderson de perfil, encarando o adversário.
No dia da luta, vemos a deselegante frase de seu treinador norteamericano, que concorda com Chael Sonnen ao afirmar que no Brasil Anderson levaria um tapa na cabeça e levariam seu boné.
Na coletiva de imprensa acontecida em São Paulo, para lançamento do filme, o atleta foi questionado pela conduta de seu técnico. Confirmou não ter gostado da atitude e ter conversado com ele a respeito. Justificou que o técnico é norteamericano como Sonnen, e por isso pensa de forma semelhante.
O resultado da luta já é conhecido, onde o brasileiro apanhou por quase toda a luta, mas encaixou um golpe certeiro no final da luta, vindo a manter o título.
Anderson justifica que apanhou porque lutou com a costela quebrada. Isso é mostrado muito superficialmente no filme, quando ele reclama de dor e num momento onde ouve-se sua ligação para o empresário informando que não iria treinar porque estava com dores. Acredito que deveriam ter aproveitado o filme para mostrarem que realmente o atleta teve esse problema, ao contrário do que foi dito por Chael Sonnen, que o acusa de usar isso como desculpa. De qualquer forma, Sonnen será o próximo adversário de Anderson, que espera trazer a luta a São Paulo.
É curioso ver o respeito que Anderson tem pelas artes marciais e por outro lado, que ele realmente vê o esporte como um trabalho qualquer, onde ele não coloca sentimentos pessoais.
O costume de usar camisa rosa é apresentado no filme como motivo de chacota por Chael Sonnen e usado por Anderson Silva para provocar o próprio Dana White. Isso motivou risos descontraídos da imprensa assim que o lutador entrou para a entrevista, pois ele usava novamente uma camiseta rosa.
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