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Coletiva de Imprensa: MEU AMIGO HINDU



por Beto Besant
Aconteceu neste dia 1º de março - num hotel da capital paulista - a coletiva de imprensa do filme Meu Amigo Hindu, do diretor argentino (naturalizado brasileiro) Hector Babenco.
Além do diretor, estavam presentes o ator Willen Dafoe, as atrizes Maria Fernanda Cândido, Bárbara Paz e o cineasta Arnaldo Jabor.



O filme começa com a desnecessária legenda: "O que você vai assistir é uma história que aconteceu comigo e a conto da melhor forma que eu sei".
Na história, o cineasta Diego (Dafoe) descobre que a quimioterapia não é mais capaz de conter um Linfoma que trata há dez anos. Seu médico Ricardo Steen (Reynaldo Gianecchini) aconselha-o ir aos EUA e fazer um transplante de medula, caso contrário terá dois meses de vida. Antes da viagem, o cineasta casa-se com sua antiga namorada (Maria Fernanda Cândido).

De forma bastante narcisista, Babenco narra tudo que passou até a recuperação de sua saúde e vida pessoal. Destaque para Selton Mello - no papel de um personagem que conversa com o protagonista nos momentos em que está em coma - e para Denise Weinberg - interpretando a mãe do cineasta.

O maior problema do filme é que - apesar da história se passar quase na totalidade na cidade de São Paulo - o elenco todo fala inglês. Esta opção - provável concessão para se atingir o mercado internacional - soa muito estranha ao público brasileiro, ao ver atores que sempre falam português, andando nas ruas da capital, mas falando outro idioma.

A partir de uma proposta da Globo Filmes (distribuidora do filme), o filme ganhou uma versão dublada integralmente pelos atores originais, tendo o protagonista dublado pelo ator Marco Ricca.

Ao ser questionado sobre o problema do idioma, Babenco se justificou dizendo que todos os atores brasileiros que tentou convidar estavam com as agendas lotadas, então, após assistir a uma peça com Willen Dafoe e Mikhail Baryshnikov, saiu pra jantar com Dafoe e lhe fez o convite.

Dafoe diz: "Eu já admirava o Babenco e pretendia trabalhar com ele. Quando ele me falou sobre o personagem, o fato de ser algo muito pessoal me interessou."

Apesar do filme deixar claro que é uma história verídica, o diretor alega ser uma ficção baseada em sua vida: "A proposta do filme é uma declaração de amor ao cinema tão grande que uma biografia iria reduzi-lo."

As atrizes Bárbara Paz e Mara Fernanda Cândido comentaram a generosidade de Dafoe em todas as cenas, sempre disposto a ajudar para que tivessem um desempenho melhor.

Mesmo estando em atuações acima do costume, a dupla Maria Fernanda e Gianecchini estão aquém do que seus personagens precisam, o que é acentuado com a belíssima atuação de Dafoe.

O filme ainda conta com pequenas participações de nomes como Dan Stulbach, Maitê Proença, Ary Fontoura e vários outros.

O título faz referência a um menino que faz quimioterapia junto com o protagonista, o que não justifica sua presença no título, uma vez que é uma participação irrelevante para a história.
Apesar de um ritmo lento e com diversas "barrigas" (cenas a se cortar), o filme merece ser visto, mais pela atuação do protagonista do que pela história.



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